quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Capitulo 1 – Uma pilha de nervos.

Indo para um café perto de nossa casa.

Ana Rita (melhor amiga de Rita) - EU NÃO ACREDITO QUE ME FIZES-TE VIR AQUI A ESTAS HORAS SÓ PARA VER SE ESTÁ AQUI O DAVID LUIZ!

Rita – Oh Rita. Vá vamos só espreitar…

Ana Rita – Ainda por cima nem sequer sabes se ele está cá. E olha se ele estiver, não vais dar estrilho nenhum com David Luiz 23 escrito na mão, mesmo para se ver bem.

Rita – pára com isso! Vai na volta e ele nem sequer está cá.

Ana Rita – Pois, e fizeste-me sair de casa para nada! Já agora, se ele estiver o que é que tu vais fazer?

Rita - nada. Não o quero incomodar. Ele está na vida dele, só quero ver como é que ele é.

As duas amigas chegam ao café, e reparam que está muita gente na esplanada. E só há uma mesa vazia. A Rita para de repente e cai-lhe uma lágrima do canto do olho.
Ana Rita olha fixamente para uma específica mesa.

Ana Rita – Rita, calma… eu não te quero alarmar mas está ali o… (sem tirar os olhos da mesa)

Rita - …David Luiz, não acredito Rita… estou tão nervosa que acho que vou vomitar.

Ana Rita – (Olha para Rita) Ritaaaa! Estás a chorar? Calmaa vá! Huumm… não sei como é que te vou dizer isto. Mas a única mesa que está livre é a que está ao lado da dele.

Rita – Então vamos, estás á espera do quê?


Ana Rita – HEY HEY HEY! Aguenta aí os cavalos! Não disseste que ele está na vida dele? Então não vais olhar, ouviste? O rapaz vai-se sentir constrangido! Por isso vê lá se manténs a calma e limpa as lágrimas (Passando a mão pela cara da Rita). Ah! E esconde lá essa mão!

Rita – Está bem. (respira fundo) vamos lá.

Chegam á mesa, sentam-se e o empregado vai ter com elas para as servir. A Rita pede um café, e a Ana Rita uma garrafa de água.

Ana Rita – Rita, calma a sério. Não adianta de nada ficares assim.

Rita – Eu sei Rita. Mas ele esta mesmo aqui ao lado! (dá uma pequena olhadela) É.é…é ele Rita (Lavada em lágrimas, mal consegue falar)

Ana Rita – Eu imagino que seja difícil, mas ele ainda vai pensar que és uma coitadinha. E não podes mesmo mostrar a mão! Senão ele vai mesmo ver que é por causa dele que estás assim! E vai pensar que o andas a perseguir. Quer dizer, é o que estás a fazer, mas ele não precisa de saber, não é.

Rita – Obrigado, a sério! Se não estivesses aqui, não sei o que seria de mim… (sem querer Rita põe a mão que está escrita mesmo em cima da mesa, virada para a mesa de David)

Ana Rita – OMG Ritaa! Rita! Não acredito! Puseste a mão de fora, e o Ruben Amorim (que estava na mesa com o David) acabou de olhar… e…
Chega o Ruben

Ana Rita -… vem ai (UPS)

Ruben – Olá, desculpa estar a interromper a vossa conversa, mas não pude deixar de reparar o que tens escrito na mão, não se querem sentar ao pé de nós? (Cara de gozo)

Rita olha para o David e vê que está a rir-se, embaraçado com a situação.
Rita – Não, Ruben, deixa estar. Não queremos incomodar.

Ruben – Não incomodas nada vá! O David não se importa. Pois não, David? (olha para David, que acena com a cabeça)

Rita – Então está bem.

Ana Rita – Rita, tens a certeza?

Rita – Não. Mas não tenho nada a perder.
David – Vem, Rita, não há problema não. A sério

Rita – Rita, queres vir?

Ana Rita – Por mim é na boa

Ruben – Então vá
Rita e a amiga sentam se na mesa deles… A Rita não se consegue conter, e a lágrima volta a cair, sem que David veja.
David – Então como você se chama? Ah. Não. Esqueça, eu já sei isso (Ri) mas como se chama a sua amiga?

Ana Rita – Rita

David – Outra?

Ana Rita – Parece que sim, por isso podes chamar-me Ana, ou Ana Rita

David - Pode ser Ana então. Bom, eu me chamo David e esse é o Ruben.

Rita – Duuuh! A sério?
(Ana Rita dá uma cotovelada a Rita)

Rita – Autch! Ah, Desculpem.
Ruben ri, mas David sente-se envergonhado

Ruben – Então Rita, vieste perseguir o David?

David - Então Ruben???!!
Ruben – que é que foi?

Rita olha para Ruben, baixa a cara para tentar não chorar

Rita- se calhar é melhor ir-me embora. (pega na sua mala, e levanta-se)

Ana Rita – Sim, se calhar é melhor.
David olha para Ruben com ar de zangado

David – Não! Você vai ficar. (agarrando na mão de Rita para não se ir embora)

Rita – Tens a certeza? (não consegue evitar e as lágrimas começam lhe a cair pelo rosto)

David – Você está bem?

Rita – Preciso de ir á casa de banho. (solta a mão de David e vai a correr para o WC)

Ana Rita – Eu vou ver como ela está. (pousa a mala na cadeira e vai calmamente atrás de Rita)

A conversa continua na mesa com os dois amigos.
Ruben ri-se. Mas David não achou muita graça.

David – Porra Ruben, qué que você tá fazendo?

Ruben – O que é que eu fiz de mal?

David – O que é que você fez? Você viu como a Rita estava. Tudo por culpa da sua piadinha sem graça!

Ruben – eu não tenho culpa que ela se tenha sentado mesmo ao pé de nós com ‘David Luiz 23’ escrito na mão!

David – primeiro, elas se sentaram aqui porque não havia mais nenhuma mesa vazia, como você tá vendo, e segundo, você não tem culpa que ela tenha escrito aquilo, mas tem culpa por estar dizendo que ela me veio perseguir!

Ruben – Ok, desculpa ai manz…

David – não é a mim que você tem de pedir desculpa, é á Rita.

Ruben – Quando ela voltar, eu falo com ela. (disfarça um sorriso olhando para a cara de zangado e preocupado de David)

Na casa de banho

Ana Rita – Rita, por favor, não chores, não gosto nada de te ver assim, amiga.

Rita – Desculpa amor… nós não nos devíamos ter sentado com eles. Foi uma estupidez termos vindo… Vamos para casa.

Ana Rita – Tens a certeza? É que está lá fora o David Luiz e o Ruben Amorim! (apontando para fora)

Rita – Obrigado por me lembrares disso (olha para Ana Rita com ar irónico)

Ana Rita – Ah! Desculpa… mas vamos sair daqui, ou queres continuar fechada na casa de banho? Ainda por cima o David pareceu preocupado (gozando)

Rita – Cala-te pá! (ri-se e abraça a melhor amiga) Bitch

Ana Rita – Jerk

Riem-se as duas e voltam para a mesa

David – Então você está bem?

Rita – Sim, obrigado.

Ana Rita – Hum, Rita? Bora? (Pega na sua mala e prepara-se para ir embora)

Ruben – Rita, eu queria…

Rita – Bem, acho que vou andando (interrompe Ruben)

David – Hey hey, você não vai a lado nenhum. Vai ficar aqui, depois eu te levo a casa.

Rita – Não, a sério David, já incomodei o suficiente.

Ruben – A sério Rita, fica. Desculpa, não devia ter dito aquilo. A sério, fica.

Ana Rita – Bem, eu adorava ficar, mas está na minha hora, e tenho de ir andando.

Ruben – Por acaso eu também tenho de ir andando.

Rita – Então vamos todos.

David – Já? Ainda nem sequer acabei a minha bebida.

Rita – Pois mas não vou deixar a Rita ir sozinha.

Ruben – não te preocupes então, eu levo-a a casa, e tu ficas ai com o David.

Ana Rita – O quê? Não! Deixa estar, eu não quero incomodar, eu vou sozinha, moro já ali.

Ruben – Para que lado é a tua casa?

Ana Rita – é por ali (apontando na direcção da sua casa)

Ruben – Então, calha mesmo em caminho e não custa nada parar ali e deixar-te em casa.

David – Então mas você não ia pelo outro lado? (baralhado)

Ruben – shiuuu! (olha para David com os olhos muito abertos) vou sempre por ali mano, já te estás a baralhar todo e ainda nem sequer vais a meio da bebida!

David -Ah! Pois é. Estava fazendo confusão. (ri-se)

Ana Rita -Mas nem pensem que eu vou deixar a Rita ir sozinha!

David – Não se preocupa, eu tomo conta dela (olha para Rita e sorri)

Rita – A sério, Da…

David – Shiu. Você não vai dizer pois não? (olha para Rita com ar ameaçador, tentando não rir)

Rita – hum hum (Acena não com a cabeça)

Ruben – Então nós vamos andando. Vamos Ana?

Ana Rita – Parece que sim (Dá um beijinho na testa de Rita e diz) Ficas bem?

Rita – Sim. Amo-te

Ana Rita – Amo-te. Adeus David, prazer em conhecer-te.

David acena e sorri•

Ruben – Bem manz, até amanha

David – Está bem manz, amanha agente se vê.

Ana Rita e Ruben vão-se embora

David – Você tem a certeza que está bem? Precisa de alguma coisa? Um copo de água?

Rita – Não, a sério, só estou um pouco nervosa, mas já passa (olha para David e sorri)

David – Nervosa? Com o quê?

Rita – hum. Nada (esconde a mão escrita)

David – não faz isso (pega na mão escrita de Rita, e faz festinhas com o polegar) Você não tem
que ter vergonha de nada disso.

Rita – David, eu só não quero que penses que sou só uma fã maluca que te veio perseguir. Sim, eu vi a este café para ver se cá estavas, porque já me tinham dito que te viram aqui, mas eu não me queria sentar ao pé de ti, não tenho culpa que não haja mais nenhuma mesa, não queria aborrecer-te, nem falar contigo. Só queria olhar para ti para ver como és. Não era suposto estar aqui agora.

David – Se quiser, eu posso-te levar a casa agora, e não falamos mais.

Rita – Se te estou a aborrecer, não há outra solução.

David – Então parece que vamos ficar aqui por muito tempo. Você não me está a aborrecer não, mas você fala de um jeito que parece que não quer estar aqui. Mas se você não quer estar aqui, não percebo porque é que tem isso escrito na mão.

Rita – É claro que eu quero estar aqui. Eu só não queria que pensasses que sou uma coitadinha. Ah, e isto na minha mão, eu escrevo todos os dias. Para não me esquecer da pessoa que és. E quando me estiver a passar da cabeça com alguma coisa, olho para a mão e tudo fica melhor.

David – Então pronto, não se fala mais nisto. (Sorri, e faz uma festinha na face de Rita) Então, me diga, quantos anos você tem?

Rita – apenas 16.

David – 16? Pensava que você era mais velha. (desiludido)

Rita – Pois. Ah, e não precisas de dizer, eu sei que tens 23 anos (Ri-se)

David – ah, pelo menos já fiz você rir. Puxa, como o seu sorriso é lindo.

Rita – Oh. Não é nada. Não tanto como o teu.

Os dois sorriem e olham fixamente um para o outro durante alguns segundos, quando David mete conversa, e falam durante horas, até que Rita olha para o relógio.

Rita – Aí meu deus! Já viste as horas? Tenho que me ir embora?

David – Pois é, como o tempo passou rápido. Bem vamos andando? Eu te levo.

Rita – Está bem, deixa me só ir pagar. (tira a carteira e dirige-se para o balcão)

David – De maneira nenhuma. Um cavalheiro nunca deixa a rapariga pagar no primeiro encontro, aliás, nem no primeiro nem nos outros.

Rita – Espera, mas isto é um encontro?

David – só se você quiser.

Rita – Então está bem, isto é um encontro. Mas eu pago.

David – Não! Se senta vai. Volto já (sentando Rita na cadeira e indo para o balcão)

Rita senta-se e não consegue esconder o sorriso de felicidade, mas também o descontentamento da situação. A sua paixão platónica pelo David nunca vai deixar de ser o que é, platónica. Os 7 anos de diferença não saiam da cabeça de Rita. Apesar de ela não se importar se ele tem 23, 24, ou 46. Não sabe é se David acha o mesmo.

David volta

David – Vamos?

Rita – Claro. (sorri)

Chegam á porta de casa da Rita e fez-se um silêncio constrangedor. David desliga o carro devagar, com um ar meio desiludido por a noite já estar a acabar.

David – Bem, pelo menos, gostou da noite?

Rita – O que é que há para não gostar?

David – Aquela cena com o…

Rita – Hãn? O quê? Não me lembro! (Faz-se de despercebida, e ri-se)

David – vou voltar a ver você?

Rita – Só se quiseres.

David – Sim, quero.

Rita – Então depois falamos. (dá um beijo na face de David) Obrigada. Adorei a noite. (prepara-se para sair do carro)

David – Mas você tem de me dar o seu número, para poder voltar a falar com você.
Rita – Ah, Pois é.

David dá o telemóvel para a mão de Rita para ela marcar o número

Rita – Está aqui. Xau (sorri)

David – Xau Ritinha (sorri)

Rita vai a chegar á porta do prédio, quando recebe uma mensagem:
‘’Também adorei a noite. Temos que repetir.
Boa noite
Beijo
David’’

Rita olha para carro de David, ele olha e ri-se enquanto volta a ligar o carro, vai-se embora. Rita entra em casa, sem fazer barulho para não acordar o pai. Fecha a porta de entrada, e não consegue conter o riso pela noite que passou, volta para a cama, e dorme melhor que nunca.

3 comentários:

  1. a mim nunca me respondeu . mas mandaste para que morada ?

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  2. Uau adorei.. +.+ explica tao bem as malditas paixoes platonicas que temos nesta idade :b (a)
    - Ana :D

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